Pessoal, no post de hoje vou contar para vocês como foi minha experiência trabalhando em um hostel em Budapeste, na Hungria. Sim, é possível! Sim, amei a experiência! E, sim, recomendo! Vejo muitas pessoas querendo viajar, mas reclamando que não tem muito dinheiro, trocar trabalho por hospedagem é mais uma opção para ajudar quem está nessa situação (acho que todos estamos né!? Rs).
Eu já escrevi outros posts sobre o tema “economizar e viajar”, se você perdeu, aqui embaixo tem alguns que você pode conferir:
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Se você não está acompanhando minhas aventuras desde o começo, vou fazer um resumo: decidi fazer um mochilão de 6 meses e meio pela Europa. Não queria ficar só rodando, então escolhi duas cidades base para ficar mais tempo, uma delas foi Budapeste e a outra foi Londres, onde me encontro hoje. Após 1 mês mochilando pela Itália, Eslovênia e Croácia, cheguei a Budapeste com a intenção de ficar 30 dias, mas o amor foi tanto que fiquei 40 ❤
Vejo essa minha experiência como um verdadeiro intercâmbio, pois morei com pessoas de outras nacionalidades, trabalhei com pessoas de outras nacionalidades e aprendi muito com todos eles, ali eu troquei muito mais que trabalho por hospedagem, troquei experiências e histórias!
# Antes de ir
Primeiro quero falar porque escolhi Budapeste. A primeira vez que estive na cidade foi em 2015 e adorei o lugar! Resolvi repetir pois a cidade tem uma vibe muito bacana, tem um custo de vida barato e fica perto de outras cidades legais para conhecer, como Belgrado, Praga e Viena.
Após decidir o país/cidade que ficaria mais tempo, entrei no site do Worldpackers e comecei a procurar por opções em Budapeste. Logo achei um hostel com boas reviews e carga horária justa. Me candidatei para a vaga, conversei com os proprietários, gravei um vídeo no qual falava um pouco de mim e fui aceita
# Trocando trabalho por hospedagem
O hostel que eu escolhi para trocar trabalho por hospedagem foi o Budapest Budget Hostel. Eu pude chamá-lo “casa” durante os 40 dias que morei em Budapeste.
O Trabalho
A vaga que escolhi foi a de recepcionista, mas na verdade eu fui assistente do recepcionista pois o tempo todo trabalhei com outros recepcionistas, que além de húngaros eram funcionários mesmo do hostel. A carga horária era de 4 horas por turno, fui designada para trabalhar à noite das 20h às 24h e tinha 3 dias de folga por semana.
Minha função, basicamente, era levar os hóspedes até os quartos após o check-in e explicar sobre a região, tirar eventuais dúvidas, organizar os formulários de check-in para o próximo dia e fiscalizar se as áreas comuns estavam em ordem. Tudo muito tranquilo e flexível! Era possível trocar os dias de folga, caso houvesse necessidade ou até mesmo sair mais cedo em alguma ocasião especial (como despedida de algum colega ou a galera toda indo pro bar e só você ali trabalhando rs).
Essa era a minha parte na troca.
Minha hospedagem
A parte do hostel na troca era me dar hospedagem. O hostel tem uma área separada para o “helper team”, é assim que eles carinhosamente nos chamavam. Tinha um quarto para as garotas e um para os rapazes, bem como uma cozinha só pra gente.
Em um primeiro momento dividimos os banheiros com os hóspedes, mas depois mudamos de “área” e passamos a ter nosso próprio banheiro separado, aí meus banhos começaram a ser mais seções de karaokê do que banhos haha.
Eu e meus flatmates gostávamos muito de cantar. No meio da minha temporada lá, tivemos que mudar para outra área. Nessa nova “casa” a parede do banheiro não chegava até o teto e eu e minha roommate Audrey aproveitávamos o momento do banho para cantar. Fazíamos uma playlist, ela assumia o lugar dela em um palco chuveiro e eu no outro, apertávamos o play, pegávamos o microfone ligávamos o chuveiro e começávamos o show banho.
Enfim, tínhamos uma área nossa, onde podíamos relaxar nos momentos de lazer. Se quiséssemos podíamos aproveitar as áreas comuns do hostel também. Lá tem um terraço bem gostoso, que foi muito bem aproveitado por mim nas manhãs de sol hehe.
As pessoas
Agora vem a parte difícil: contar sobre as pessoas maravilhosas que conheci durante essa experiência. Não consigo colocar em palavras o tanto que me diverti e o tanto que amei esses 40 dias em Budapeste, e isso se deve, claro, por causa das pessoas que cruzaram meu caminho lá!
Bom, vou falar primeiro dos funcionários do hostel. Vera e Làcco eram meus chefes, um casal super bacana, fizeram com que eu me sentisse em casa no BB Hostel. Os recepcionistas, tanto do turno diurno quanto do noturno, eram muito legais, especialmente a Eszter e o Bence (me diverti um bocado com esses dois).
Agora a parte dificílima, falar das pessoas que moraram comigo. Durante o tempo em que passei lá, tive 8 flatmates. Vou falar um pouquinho sobre os que mais me marcaram:
Guilherme: brasileiro, fofo, conselheiro, tivemos uma sintonia logo de cara!
Audrey: francesa, festeira, viajante, de bem com a vida sempre. No início achava que ela não gostava de mim, mas estava errada rs, fez meu tempo lá ser divertido e beeeeem animado.
Stephanie: inglesa, super engraçada, no início também achava que ela não gostava de mim rs;
Luca: italiano, engraçadíssimo também, adorava pegar no meu pé, fazia cada jantar delicioso pra gente;
Marija: foi a primeira pessoa que realmente conversou comigo quando eu cheguei, fez aquele gelo inicial ser quebrado. Fofa, simpática e viajante igual a mim.
Como eu disse, não consigo colocar em palavras tudo que vivi lá no BB Hostel, mas posso dizer que amei e recomendo!
Qualquer dúvida é só deixar um comentário aqui embaixo!
Até mais!
Nasci e cresci no interior de Minas Gerais, sou advogada de formação e consultora de viagens de profissão. Tenho 33 anos e desde sempre sonho em viajar o mundo. Já visitei 37 países (alguns mais de uma vez), tendo morado em 4 deles. Em 2016 criei o blog Partiu Viajar para ajudar e inspirar mais pessoas a viajar.
Oi, tudo bem? Esse hostel ainda existe? Procurei no worldpackers, mas não encontrei.
Ei Camila!
Não tenho certeza… Mas se não estiver no WP pode ser que eles não estejam precisando de voluntários…