Conhecida como “a fumaça que troveja” (the smoke that thunders), as Cataratas do lado da Zâmbia são um espetáculo imperdível da natureza! No post de hoje vou compartilhar tudo que você precisa saber para visitar as Cataratas Vitória, na Zâmbia.
# Cataratas Vitória
O Rio Zambeze forma as Cataratas Vitória na fronteira da Zâmbia com Zimbábue e é uma das quedas mais belas do mundo, entre as 7 Maravilhas Naturais do planeta e patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 1989. São em média 120 m de altura de queda e um cânion de quase 1,7 km de extensão.
Embora as cataratas já tivessem sido registradas por Nicolas de Fer em 1715, David Livingstone é reconhecido como primeiro ocidental a avistá-la em 1855. Cataratas Vitória foi o nome dado por ele em homenagem à rainha e o nome que os locais deram é Mosi-oa-tunya, que significa fumaça que troveja, por conta do vapor que sobe da queda. Mosi-oa-tunya é também o nome do Parque Nacional da Zâmbia que abriga a queda.
# Sobre se molhar
Você vai se molhar completamente (se não usar capa de chuva). Quando eu cruzei a ponte que liga Zimbábue a Zâmbia eu já senti os respingos, portanto é certo que na ponte do parque, Knife-Edge, que fica a poucos metros das quedas o volume de água que condensa e cai é muito grande. É como se você estivesse entrando embaixo do chuveiro.
Calçado: usei uma bota de fato impermeável (já testei ela em outras ocasiões). O que adiantou? Nada! Rs A água escorre pela perna e entra no calçado (mesmo usando capa de chuva os pés ficam ensopados). Portanto, eu sugiro que você use calçados plásticos. Caso você se sinta inseguro com chinelos ou tenha limitações físicas para se deslocar, recomendo calçados com fixação no calcanhar como crocs e sandálias.
A capa de chuva é efetiva para evitar que você molhe o corpo e proteja os equipamentos eletrônicos. Porém, para manipulá-los para tirar fotos, é ideal usar também sombrinha para evitar as gotas nas lentes. Se você não quiser levar ou esquecer a capa ou calçado, existe aluguel de crocs e capas por 2 dólares dentro do parque.
Eu fui as Cataratas com um guia do Tongabezi lodge que me hospedei quando visitei a cidade. Ele forneceu capa de chuva e sombrinha (eu aceitei rs). Inclusive, ele foi super atencioso e me ajudou quando eu precisava tirar fotos, pois ele abria a sombrinha e segurava-a acima da câmera para que esta não molhasse.
Notei que as pessoas que não usavam nada para se proteger da água estavam mais plenas e conectadas com o local, então se você estiver disposto, se entregue! É possível ver a “fumaça” das quedas em uma área de até 30 km ao redor do parque. É, como eu disse, uma grande obra da natureza.
Todas as bordas inseguras são margeadas por cercas bem estruturadas, porém depende do bom senso do usuário para efetivamente cumprir o papel de segurança. As barras de madeira sustentadas por colunas de pedra e concreto são resistentes, porém, pelo fato de estarem constantemente molhadas, elas são escorregadias, tornando inseguro o ato de subir ou se apoiar nelas para as fotografias.
Às margens do rio anterior à queda também pode ser visitada. Lá não existe este tipo de barreira, mas a trilha é bem definida e concretada. Quem ultrapassa o limite demarcado o faz conscientemente. Além das placas advertindo sobre se manter na trilha, pedras pontiagudas foram colocadas separando a trilha da margem do rio. É importante respeitar a sinalização, várias pessoas já caíram no rio e você vai ver que se cair ali é “tchau e benção”.
# Cataratas Vitória – Quando ir?
O maior volume de água é entre março e maio, mas a alta temporada vai de fevereiro a julho. Entre agosto e janeiro o volume de águas é baixo e, portanto, é a melhor época para rafting. Neste período é possível descer a trilha até o Boiling Pot – um enorme redemoinho na base da cachoeira.
Se o objetivo é mesmo se aventurar, então procure a Devil’s Pool, uma piscina natural de acesso pela Zâmbia na margem de 100 m da queda d’água. O passeio leva metade de um dia e é feito com guia no período de seca por em média 160 dólares com uma refeição inclusa. Um barco parte do Royal Livingstone Hotel na Zâmbia para a Livingstone Island onde ocorre uma caminhada guiada e depois até a Piscina do Diabo.
Existe também a possibilidade de fazer o passeio de helicóptero ou microlight que custa por volta de 160 dólares com duração de 15 minutos até uma hora. Sobre aventuras, existe também a possibilidade de saltar de Bungee jump da antiga ponte que liga os dois países. Infelizmente, eu fui em Abril e não deu para fazer a Devil’s Pool.
Outra atividade bacana é o lunar rainbow ou arco-íris noturno. Dizem que é um espetáculo que pode ser visto nas 3 noites de lua cheia. Os melhores meses para ver o arco-íris são de Abril a Setembro.
# Tempo para visitar
As pessoas costumam permanecer por volta de uma hora nas quedas. O percurso de pouco mais que 1 km é bastante leve e acessível, mas minha sugestão é de se programar para ficar mais tempo para realmente desfrutar do ambiente. Eu fiquei 2 horas lá, pois fui com o guia e ele foi nos contando várias histórias, inclusive contou quase toda trajetória do David Livingstone.
É provável que você veja animais como javalis (wild warthog), babuínos, Chlorocebus, bushbucks e muitos pássaros. Respeitando o espaço deles e prestando atenção na sua comida, não precisa se preocupar e aproveite para desfrutar o prazer de observá-los.
# Mercado de artesanato
Em frente ao parque Mosi-oa-tunya fica o Maramba Market. Eu deixei para comprar as lembrancinhas e souvenirs todos de uma vez e foi bom para negociar um preço justo. Além disso, me senti bem em saber que eu estava colaborando com a comunidade local que faz o artesanato. Comprei na loja nº 45 com o Ricardinho. Achei o artesanato autentico e bem acabado.
No mercado tinha de carrancas e grandes animais esculpidos em madeira até miniaturas, os sempre procurados imãs de geladeira e bijouterias. Da bijouterias a mais interessante é o colar com o pingente que simboliza as Cataratas Vitória.
Não se esqueça de pechinchar, pois eles colocam o valor das coisas lá no alto, mas vão abaixando até chegar a 1/3 do primeiro valor.
# Cataratas Vitória do lado da Zâmbia x Cataras Vitória do lado do Zimbábue
Primeiro eu visitei as cataratas do lado Zim e achei bacana, mas quando eu visitei as quedas do lado da Zâmbia eu achei muito melhor. No Mosi-oa-tunya você consegue chegar mais perto das quedas d’água. A emoção é maior, principalmente se você aceitar se molhar.
Já no lado do Zimbábue, a infraestrutura é melhor e a área do parque é maior. Lá é possível molhar menos, eu nem fui com capa de chuva, peguei uma espécie de neblina pesada. Em breve vou postar como foi minha experiência lá, fica ligado no Blog para conferir!
A minha dica é: visite os dois lados e forme sua própria opinião rs.
# Informações úteis
Ingresso: a entrada do parque custa 20 dólares para estrangeiros. Crianças com menos de 6 anos não pagam.
Horário de funcionamento = das 6h às 18h, diariamente.
É proibido o uso de drones.
# Cataratas Vitória – Onde ficar
Eu fiquei hospedada no TONGABEZI, na própria cidade de Livingstone. Sem sombra de dúvidas é a melhor opção de hospedagem para quem deseja não só conhecer as Cataratas Vitória no lado da Zâmbia, mas também relaxar e aproveitar o melhor que a região tem para oferecer.
O Tongabezi é um lodge exclusivo, com atendimento impecável. Ele possui apenas 9 acomodações (sendo 4 River Cottages e 5 casas), eu fiquei 1 noite em um dos River Cottages e 1 noite na Nut House, simplesmente adorei cada minuto do meu tempo lá! Além da hospedagem, as refeições e várias atividades estão inclusas na diária.
O tour guiado para as Cataratas é uma das atividades inclusas. É só marcar o horário que você deseja ir, que o guia além de te levar até lá vai te acompanhar durante todo o percurso no parque. Obs: o ingresso não está incluso.
# Consultoria de viagem
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E aí, você já visitou as Cataratas Vitória na Zâmbia? Curtiu? Espero que tenha gostado do post e qualquer dúvida/dica deixa ali embaixo nos comentário! Ah, eu escrevi o post “Zâmbia (2019): tudo que você precisa saber sobre o país” no qual falo sobre visto, moeda, língua e várias informações gerais sobre a Zâmbia, dá uma conferida nele!
Para ver mais fotos da minha viagem pela África (Zâmbia, Zimbábue, Botsuana e África do Sul) dá uma olhada no nosso Instagram @partiuviajarblog .
Beijos e até mais!
Nasci e cresci no interior de Minas Gerais, sou advogada de formação e consultora de viagens de profissão. Tenho 33 anos e desde sempre sonho em viajar o mundo. Já visitei 37 países (alguns mais de uma vez), tendo morado em 4 deles. Em 2016 criei o blog Partiu Viajar para ajudar e inspirar mais pessoas a viajar.